Sara, Tatiane Oleinik
O trabalho revisita o relato de Sara Goldstein, nascida Salomea Littner. Uma mulher notável por sua força, coragem e resiliência diante dos horrores do Holocausto. Uma balança é o palco desse reflexo histórico: de um lado, 40 carreteis de fio vazios evocam os dias sombrios nos quais Sara trabalhou forçadamente, conectando fios nas máquinas de costura dos campos de trabalho. Esses carreteis vazios simbolizam um passado doloroso, porém superado, mas que deixa marcas profundas e ainda sangram na memória. Do outro lado, duas moedas carregam a suástica nazista, presas em uma caixa de vidro. Elas conectam a história de Sara com a da artista, pois representam as lembranças amargas que persistem nas duas famílias, testemunhas de um período obscuro da humanidade. A caixa de vidro, como um símbolo de intocabilidade, revela a necessidade de manter viva a memória transparente para que a humanidade não se esqueça e que nunca mais tal atrocidade se estabeleça. Essa narrativa é mais do que uma história de coragem e força, é um apelo para que nunca nos esqueçamos. No contexto do Holocausto, esquecer seria permitir que tal horror se repetisse. Portanto, é crucial manter essa memória viva, revisitando-a mesmo que seja doloroso.